domingo, 10 de julho de 2011
Meu Amor
sábado, 18 de junho de 2011
Mon amour
sexta-feira, 17 de junho de 2011
SAUDADES.
Saudades,
Transborda em meu coração.
Me subjuga,
Me sufoca.
Por vezes me leva ao chão,
Por vezes me eleva
Fazendo-me chegar a ti.
Pois hoje,
Só posso te encontrar
Nessa nuvem espessa:
Saudades.
Me envolve,
Me subjuga,
Sufoca-me.
Mas faz-me lembrar de ti,
Dos teus afagos,
De tuas carícias,
De nossas delícias.
Saudades.
Me causa dor
Dor de ver-te triste,
Prenunciando tua partida
Em um canto recolhida
Já não ousavas me olhar.
Dor,
Ao ver-te de mim sendo levada
Ver nossas esperanças jogadas
Misturando-se as cinzas
Enterrando meu amor!
Prisão.
Nascemos presos
E assim permanecemos,
Mas eu não percebi
Até o dia que te
Desprendeste de mim,
Só aí me dei conta
Da minha prisão,
Não de grades,ou de paredes,
Pois estou preso a tua lembrança.
Saudades.
Subjuga-me,
Sufoca-me,
Causa-me dor,
E paradoxalmente
Ajuda-me a viver.
Pois hoje é nesta saudade,
Que ainda posso
Encontrar-te
E sentir um pouco...
De você.
terça-feira, 7 de junho de 2011
Homenagem à Bandeira de Taquaritinga do Norte
Ó símbolo de honra e grandeza
Estandarte de ímpar esplendor
Criada com a essência da beleza
Revestida de glória e amor
Em ti está contada a nossa história
Dos primórdios aos dias atuais
Mantendo viva em nossa memória
A conquista de nossos ideais
Saudamos-te
Ó bandeira
Que Taquaritinga vens representar
És bela,
Altaneira,
Bem denotas a beleza do lugar.
Retratas esta terra admirável
E o valor dessa gente vens mostrar
Sua lealdade a todos é notável
Causa encanto a quem aqui chegar
O branco que há em ti tem revelado
Que a paz é possível se obter
Aqui a harmonia tem reinado
Nesta terra tão nobre de viver.
Saudamos-te
Ó bandeira
Que Taquaritinga vens representar
És bela,
Altaneira,
Bem denotas a beleza do lugar.
A Serra da Taquara contemplamos
Neste verde de intenso vigor
Ali também o índio avistamos
O primeiro habitante que chegou
Altivo brilha o sol da nobreza
No teu céu de azul tão divinal
Iluminando os ramos da riqueza
Realçando a Dália fenomenal.
Saudamos-te
Ó bandeira
Que Taquaritinga vens representar
És bela,
Altaneira,
Bem denotas a beleza do lugar
A estrela bem no alto refulgente
Nos indica o caminho a seguir
És símbolo que exalta tua gente
Nosso orgulho irás sempre refletir
Pra sempre hás de ser enaltecida
E hasteada em cada coração
Eternizada estás em nossa vida
Te saudamos eterno pavilhão.
Saudamos-te
Ó bandeira
Que Taquaritinga vens representar
És bela,
Altaneira,
Bem denotas a beleza do lugar.
JOSÉ ROBERTO CELESTINO PEDROSA
"Obs. Esta letra não corresponde ao Hino Oficial em homengem à Bandeira , e sim ao Hino que ocupou o segundo lugar no concurso para a escolha do mesmo."
Amada Lua
Uma Poesia de Roberto Celestino
A noite saio ao teu encontro
Ao ver-te ao longe,
Me encanto.
Vejo-te nova,
Inspirando novos amores
Admiram-te os amantes
Enquanto te invejam as flores
E quando crescente então
Toda noite te acompanho
Deleito-me em observar-te
Em tua luz me envolvo,
Me banho
Meus olhos rebrilham,
Lacrimejam
Ao ver-te cheia aparecer
Por trás dos montes,
Imponente
Arrancas suspiros de quem te vê
Por fim irás minguar,
E ainda assim te observo.
Obsessão?
Sim, não nego
Aqui estarei
Toda noite,
Aqui
Na rua
A admirar-te
Amada lua.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Algodão. Sua cultura, sua história.
Um Cordel de Roberto Celestino
1
É com muita simplicidade
Que começo aqui narrar
A história desta vila
Desse aconchegante lugar
Estou falando do algodão
Desse maravilhoso torrão
Terra boa pra se morar
2
De um pé de algodão de seda
O nome da vila nasceu
Quando o Capitão Pedro Felisberto
Por aqui apareceu
Ao avistar o pé de algodão
Fez logo demarcação
Seu povo aqui estabeleceu
3
Outros contam também
Que o tal pé de algodão
Ficava à beira do riacho Tapera
Que passa naquela região
Onde hoje está localizado
O açude que se chama Salgado
Velho conhecido da população
4
Ali logo foi erguida
A primeira moradia
Casa do capitão Felisberto
Que ali se estabelecia
Fez também uma senzala
Para que viessem ocupá-la
Os escravos que trazia
5
Com a chegada da Lei Áurea
Os negros foram libertos
E um ato de nobreza
Fez o capitão Felisberto
Porções de terra separou
Aos ex-escravos as doou
Mantendo-os ali por perto
6
Adoeceu o capitão
Pela morféia foi atacado
Veio logo a falecer
E na casa foi sepultado
Pois ainda hoje se fala
Que num quarto perto da sala
Ele permanece enterrado
7
Na ocasião de sua morte
Apenas quatro casas havia
Mas logo começou crescer
Pouco a pouco se expandia
Feição de vila tomava
Pois o povo que a habitava
Aumentava a cada dia
8
Se ajuntaram uns cabras fortes
Dos Ferreira e dos Glicério
Pra construírem uma fonte
E a água doce então trouxeram
Cavando assim o cacimbão
Abençoando a população
Com esse presente que lhe deram
9
Construíram outro açude
Monconha era seu apelido
Dele era retirado o sal
E em pilão era batido
Hoje os açudes são chamados
Açude de Beber e Açude Salgado
Assim ficaram conhecidos
10
Mas nem tudo era trabalho
Era preciso se divertir
Siba Ferreira e Pedro Gonça
Tiveram a idéia de construir
Um campo para jogar
Os fins de semana ocupar
E do esporte usufruir
11
Em dezembro de trinta e oito
Fundaram o Leão do Norte
Um time ainda pequeno
Mas que já nascia forte
O primeiro jogo ganhou
O nome de leão honrou
Venceu na raça e não por sorte
12
Foi contra um time da Paraíba
Que esse jogo aconteceu
O Riacho de Santo Antônio
Que de 1x0 perdeu
Ivo quem fez o gol
Que na história ficou
Pois ninguém o esqueceu
13
Assim o time era formado
Pedro Gonça no gol
Joaquim, Siba e Ivo
O primeiro que marcou
Lázaro, Ramiro, Zequinha e Adriano
Pedro Procópio, Inácio e Hidelbrando
E Pedro Paulo o Professor
14
Hoje o campinho é estádio
De Pedro Gonça o nome herdou
Uma justa homenagem
A um dos homens que o fundou
Junto ao Leão do Norte
Tem se demonstrado forte
As dificuldades sempre driblou
15
Na década de quarenta
O povo ia rezar
Na casa de seu Crispim
E para os convocar
Um berrante era tocado
E quando todos haviam chegado
Já podiam começar
16
Quase no final da década
Dona Cesária Opinou
Por construírem uma capela
E apoio logo ganhou
Dona Elvira, Teotônia e Rosa
Chamaram seu Crispim pra prosa
E este o terreno doou
17
Em maio de 1950
Vinte e dois era o dia
Inaugurou-se a capela
Trazendo muita alegria
À comunidade do Algodão
Pois um lugar de oração
A vila agora possuía
18
O povo então se reuniu
Pra decidir uma questão
Quem seria o padroeiro
Do povoado do Algodão
Lembraram do primeiro morador
Capitão que aqui chegou
E chegaram a conclusão
19
Sendo ele falecido
Uma homenagem o prestaram
O padroeiro seria São Pedro
E todos ali concordaram
E tendo feito grande viagem
Chegou a Vila a sua imagem
E na capela a colocaram
20
Hoje a Festa de São Pedro
Em junho é comemorada
Com rezas e diversão
Pros jovens e pra garotada
O povo é alegre e hospitaleiro
É de fé e é festeiro
Não desanima por nada
21
Realiza-se a chegada de lenha
Que virou uma tradição
Rompeu a barreira do tempo
Chegando a essa geração
Pois ainda se realiza
Todo ano se organiza
E é grande a participação
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A festa é animada
E tem muito pra se ver
Tem até Batismo de Santo
E pra quem gosta de beber
Tem Pegada de Garrafa
Onde os cabra se esborracha
Pra conseguir vencer
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Tem até vassoura que dança
E de Rita é chamada
É a estrela da quadrilha
E é muito disputada
Pois todos querem dançar
Pra ela não falta par
Pelas moças é invejada
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Hoje também os evangélicos
Estão presentes no Algodão
Trazendo a Palavra de Deus
Com louvor e oração
Pois aqui nesse regaço
Pra toda fé existe espaço
Menos pra discriminação
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Hoje a Vila tá crescida
Coisa linda de se ver
Tem ata dessanilizador
Com água boa de beber
Tem a Praça Amaro Tavares
Um dos melhores lugares
Pro descanso e pro lazer
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Na Escola Sebastião Ferreira
Nós podemos encontrar
Pessoas bem capacitadas
E dispostas a educar
As crianças do Algodão
Fazendo da educação
Uma marca do lugar
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Tem lanchonete e tem fabricos
Pra quem trabalha com sulanca
Posto de saúde pra cuidar
De adultos e crianças
Tem uma fábrica de açaí
E pra quem quer se divertir
Tem o Parque Pedra Branca
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Hoje a Vila agradece
A todos que a construíram
Àqueles que de alguma forma
Também contribuíram
Pra ver crescer o Algodão
Aos que conosco ainda estão
E também aos que partiram
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Homenageamos as famílias
Cesário, Silva e Ferreira
De Pedro Gonça e Rogaciano
Essa gente tão guerreira
Os Siba, os Sinésios e os de D. Nana
Os Dona Maria Santana
Mulher muito hospitaleira
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Dos Galdino e dos França
Não podemos esquecer
Do amigo Chico Carola
Que se dispôs a conceder
Toda essa narrativa
Mantendo a história viva
Para ninguém se esquecer
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Vou encerrar pedindo o perdão
Daqueles que eu não falei
Pois não são menos importantes
Do que estes que citei
Meu conhecimento é limitado
Sintam-se todos abraçado
Mesmo se não o mencionei
32
A vocês parabenizo
Por esse maravilhoso lugar
Que de tão simples e tão belo
Chega a apaixonar
Lutem por sua preservação
Pois a Vila do Algodão
É um céu pra se morar.
Soneto - A Chuva
Uma Poesia de Roberto Celestino
Gotas que chegam repentinamente
Regando a terra,escoando pelo chão
Trazendo alegria ao velho torrão
Que anseia pela sonhada semente.
A chuva traz confiança
Ao pobre sertanejo sofrido
Que de tanta seca vivido
Quase perde a esperança
Mas Deus sempre os socorre
Onde quase tudo morre
E só resiste quem é forte
A chuva renova a vida
Rega a alma ressequida
E afugenta o cheiro de morte.