domingo, 13 de abril de 2014

Viajando pelos contos infantis.



Eu confesso que aprendi
No meu tempo da infância,
Com histórias de criança
Coisas que nunca vivi.
No entanto ali eu vi
Como poder viajar,
Sem nem sair do lugar
Através de cada história,
Que inda vivem na memória
E lá sempre vão estar.

Viajei com Chapeuzinho
Para a casa da vovó,
Lobo mal cacei sem dó
Que fugiu aos três porquinhos.
Ajudei os gorduchinhos
Quando o lobo lá passou,
E em vão ele soprou
Na casa que construímos,
Bem seguros nos sentimos
E lobo nos deixou.

Passeei com a Emília
No Sítio do Pica-pau,
Vi a Cuca intentar mal
Contra toda a família.
Pelo sítio eu fiz trilha
E caçadas com Pedrinho,
Paquerei a Narizinho
Muitos outros conheci,
Só não vi o tal Saci
Se escondeu de mim o Neguinho.

Vi também Branca de Neve
Quando comeu a maçã,
Naquela bela manhã
Foi de sono acometida,
Mas havia em sua vida
Sete anões bem dedicados,
A guardaram com cuidado
Vi então quando chegou,
E com um beijo a acordou
O seu príncipe encantado.

Eu dancei com Cinderela
Quando o baile começou,
Já a Fera não deixou
Eu dançar com sua bela.
E olhando da janela
Observei o João
Plantar um pé de feijão
Que dizia ter magia,
Vi o Pinóquio que mentia
E crescia o narigão.

Muita gente conheci
Nas histórias de criança,
E os trago na lembrança
Deles não me esqueci,
Muitas lutas eu venci
Alguns reinos conquistei,
E princesas libertei
De herói eu fui chamado,
Tudo isso foi passado
Nas histórias que encontrei.

Vamos, pois valorizar
Nossos contos infantis,
Que nos deixam tão feliz
E nos fazem viajar,
Sem vontade de voltar
Pra esse mundo adultizado
Onde o sonho é roubado
Eu prefiro lá viver,
Quero ouvir e sempre ler
Esses contos encantados.

Roberto Celestino.