quinta-feira, 30 de outubro de 2014

A RUA DO GIZ.










 Uma poesia de Roberto Celestino.


Eu quero me mudar
Para a Rua do Giz.
Lá tudo é tranquilidade,
Lá se vive de verdade
Lá se sabe ser feliz.

Suas casas tão bonitas
Com suas cores tão belas,
Tem azuis da cor de anis
Verdes, rosas e amarelas.
Eu vou pra Rua do Giz.

As calçadas são vazias
Por ali ninguém se vê,
Pois em casa estão a ler
Um poema em que se diz:
Eu vou pra Rua do Giz.

Lá eu tiro meu stress,
Um bom livro é companhia,
Aproveito a calmaria
O silêncio dos guris.
Se agora eu pudesse
Ia pra Rua do Giz.

Do meu quarto observo
E me ponho a pecar,
Pecar só por invejar
Esse povo tão feliz.
É lá que eu quero morar
Morar na Rua do Giz.

Lá eu quero escrever
Muitos livros, às dezenas,
Lá eu sei muitos poemas,
Farei mais do que já fiz.
Minhas malas vou fazer
Se alguém quiser me ver
Venha pra Rua do Giz.

sábado, 18 de outubro de 2014

Campanha Mundial de combate ao Câncer de Mama


(Roberto Celestino)

É bem sorrateiro um inimigo invisível
De modo terrível é que ele aparece,
Procura alguém que não é prevenido
Vem bem escondido, e perigo oferece.

Ali acontece o que mais se temia,
E logo inicia uma luta feroz,
Quem não esperava que fosse atacado
Vê-se hostilizado pelo seu algoz.

O câncer de mama é esse inimigo
Que põe em perigo a quem não atenta,
Para a prevenção desse mal tão selvagem
Que mina a coragem de quem ele enfrenta.

Mas força é preciso para o vencer
Também conhecer que a cura existe,
Cuidando a tempo se livra da morte
Pois ele é mais forte, para quem desiste.


Então meu conselho a todas mulheres
Se queres viver sem a preocupação,
De ser surpreendida por isto algum dia
Não seja tardia quanto à prevenção.

Que sejam de fato amigas do peito
Do seu próprio peito que possam cuidar,
Se o peito até pode ser cheio de amor,
Cuide bem do peito pra não esvaziar.

É preciso ter e levar a consciência
Que existe urgência para combater,
O câncer de mama no mundo inteiro
E como guerreiros, o câncer vencer.

Façam seus exames para a prevenção,
E as chances da cura irão multiplicar,
E assim a vitória será garantida
Em nome da vida, nós vamos ganhar.

O outubro Rosa é um movimento
Pra conscientizar sobre o terrível mal.
A luta, porém é o ano inteiro
Não baixem a guarda se não é fatal.

O mundo inteiro está envolvido
Unido a lutar contra o câncer de mama,
Divulgue a campanha para o combater
Não deixe-o vencer, a quem você ama.








quarta-feira, 18 de junho de 2014

A FRONTEIRA ENTRE A VIDA E MORTE

Uma poesia de Roberto Celestino

Numa cruz numa beira de estrada
Em um laço no final da corda,
Em um sono que não mais acorda
Numa bala que foi deflagrada.

Em um parto onde começa a vida
Em um leito onde a vida é quem parte,
Desenhada está  em qualquer parte
Uma linha onde finda a corrida.

Na doença que causa a dor,
Em um lago que a vida afogou
Numa faca que causa um corte.

Ela existe embora não vemos
Muito embora também passaremos,
Na fronteira, entre a vida e a morte.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Liberdade engaiolada

                     Imagem: David Siqueira-Teresópolis-RJ
                            http://www.designup.pro.br/pro/dleafy

Uma Poesia de Roberto Celestino

Eu vivo pensando, o que possa eu ter feito
Pois vivo do jeito que vive um bandido,
Embora inocente eu fui condenado
Viver afastado do campo querido.

Desejam ouvir o meu canto de açoites
De dia ou de noite na minha gaiola,
Meu canto é tristeza é de puro lamento
Sem contentamento ele não me consola.

Olho a portinhola da minha prisão
Lamento por não saber como a abrir,
Me vejo fadado a uma prisão eterna
Aqui se encerra o sonho de partir.

Eu posso sentir no meu sonho saudoso,
Quanto era gostoso eu poder voar,
Vivia a explorar esse mundo inteiro
Sem ser prisioneiro de tempo ou lugar.

Sementes eu tinha para me fartar
Matar minha sede sempre consegui,
Banhava-me em poças de águas tão claras
Nada se compara com isso daqui.

Aqui nunca mudam a minha ração
Pois sempre me dão uma porção de alpiste
A água que eu bebo quase sempre é morna
Tudo aqui se torna em vida tão triste.

Será que existe maior injustiça?
Pois isso atiça o meu lamentar,
Minha liberdade tão morta eu vejo
Mas vive o desejo de ainda voar.

Sou como criança sem suas perninhas
Ao ver coleguinhas em volta andando,
Pois que me adianta ter duas asinhas
Se o resto da vida vou viver pulando.

Fico aqui pensando em como será
Quando então chegar a idade avançada,
Já mudo e doente irão me soltar
Dizendo que eu já não sirvo pra nada.

Em algum telhado eu vou ser liberto
E ver de tão perto o que sempre sonhei,
Percebo que o tempo na minha gaiola
Foi minha degola e voar já não sei.

Sem rumo e com fome enfim morrerei
Por fim cumprirei  minha triste sentença,
Mas no céu das aves, eu sei voarei
Pois fui condenado na minha inocência.




domingo, 13 de abril de 2014

Viajando pelos contos infantis.



Eu confesso que aprendi
No meu tempo da infância,
Com histórias de criança
Coisas que nunca vivi.
No entanto ali eu vi
Como poder viajar,
Sem nem sair do lugar
Através de cada história,
Que inda vivem na memória
E lá sempre vão estar.

Viajei com Chapeuzinho
Para a casa da vovó,
Lobo mal cacei sem dó
Que fugiu aos três porquinhos.
Ajudei os gorduchinhos
Quando o lobo lá passou,
E em vão ele soprou
Na casa que construímos,
Bem seguros nos sentimos
E lobo nos deixou.

Passeei com a Emília
No Sítio do Pica-pau,
Vi a Cuca intentar mal
Contra toda a família.
Pelo sítio eu fiz trilha
E caçadas com Pedrinho,
Paquerei a Narizinho
Muitos outros conheci,
Só não vi o tal Saci
Se escondeu de mim o Neguinho.

Vi também Branca de Neve
Quando comeu a maçã,
Naquela bela manhã
Foi de sono acometida,
Mas havia em sua vida
Sete anões bem dedicados,
A guardaram com cuidado
Vi então quando chegou,
E com um beijo a acordou
O seu príncipe encantado.

Eu dancei com Cinderela
Quando o baile começou,
Já a Fera não deixou
Eu dançar com sua bela.
E olhando da janela
Observei o João
Plantar um pé de feijão
Que dizia ter magia,
Vi o Pinóquio que mentia
E crescia o narigão.

Muita gente conheci
Nas histórias de criança,
E os trago na lembrança
Deles não me esqueci,
Muitas lutas eu venci
Alguns reinos conquistei,
E princesas libertei
De herói eu fui chamado,
Tudo isso foi passado
Nas histórias que encontrei.

Vamos, pois valorizar
Nossos contos infantis,
Que nos deixam tão feliz
E nos fazem viajar,
Sem vontade de voltar
Pra esse mundo adultizado
Onde o sonho é roubado
Eu prefiro lá viver,
Quero ouvir e sempre ler
Esses contos encantados.

Roberto Celestino.