Uma poesia de Roberto Celestino
Numa cruz numa beira de estrada
Em um laço no final da corda,
Em um sono que não mais acorda
Numa bala que foi deflagrada.
Em um parto onde começa a vida
Em um leito onde a vida é quem parte,
Desenhada está em
qualquer parte
Uma linha onde finda a corrida.
Na doença que causa a dor,
Em um lago que a vida afogou
Numa faca que causa um corte.
Ela existe embora não vemos
Muito embora também passaremos,
Na fronteira, entre a vida e a morte.